Duas Artes Parecidas
Nunca fui muito fã de aula de Artes; a parte teórica é muito interessante e interliga-se com a História, mas a verdade é que só se diverte de verdade quem sabe desenhar. Talvez por isso eu não tenha muita paciência, meu negócio é escrever, e se minhas notas na matéria são boas, é porque estudo para as provas.
Mas uma coisa bem legal de se fazer na aula de Artes, e que dá pra fazer também em casa, é a Isoporgravura.
Para fazer basta uma bandeja de isopor que pode ter sido usada e lavada; tinta guache, acrílica ou de tecido; folhas brancas; um rolo pequeno de tinta; jornal velho, uma tampa de pote de manteiga para espalhar a tinta; lápis, caneta e tesoura.
Trata-se de uma modalidade “genérica” da xilogravura, técnica de impressão de desenhos muito usada na época da literatura de cordel, muito comum no Nordeste brasileiro. A xilogravura consiste em talhar o desenho na madeira com instrumentos específicos, passar a tinta por cima, e “carimbar” o desenho no papel, com a ajuda de uma prensa. Na isoporgravura é a mesma coisa, exceto a parte da prensa, e o desenho em feito em isopor.
Minha intenção era colocar dois vídeos com o passo a passo da técnica, mas não consegui, porque o primeiro é muito grande. Então, aqui vão as instruções:
1. Com um lápis, faça um desenho de leve sobre o isopor. Depois, aprofunde usando uma caneta de ponta fina:
A imagem ao lado foi retirada do Google. Depois de passar a caneta, o desenho fica como a imagem de cima, bem marcado no isopor.
2. Depois de aprofundar o desenho, passe bastante tinta com um rolo pequeno.
3. Coloque por cima de uma folha branca depois de desenhar o contorno exato da bandeja de isopor com o lado sujo de tinta virado para cima. Coloque outra folha branca sobre o lado sujo de tinta.
A seguir, há um vídeo bem curto resumindo essas instruções.
E no final, é assim que fica. Aqui estão todas as isoporgravuras que fiz para a escola:
Os vídeos estão disponíveis com áudio também no Youtube.
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