Quarto Vazio
Eis
que na primeira aurora do dia
Uma
silhueta se remexe no leito
–
para buscar sua inspiração
Desperta
o eterno insatisfeito.
Os
raios de sol não o acolhem,
Ele
se identifica mais com a lua;
Fala
com ela no início da noite
Se
declarando à musa sua.
É
ela quem lhe põe as idéias na cabeça
Em
noite fresca e pouco iluminada
Desde
a crítica ao mundo louco
Até
o soneto para a amada.
Mas
a lua é a única,
Que
outros amigos ele não tem;
Ela
o compreende
Pois
se sente sozinha também.
Não
há nada de atrativo ou bonito
Em
escrever sobre este mundo sombrio:
A
vida de um poeta
É
nada mais que um quarto vazio.
Lethycia
Dias
Goiânia,
24 de setembro de 2012
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