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sábado, 29 de setembro de 2012

Quarto Vazio



Quarto Vazio





Eis que na primeira aurora do dia
Uma silhueta se remexe no leito
– para buscar sua inspiração
Desperta o eterno insatisfeito.

Os raios de sol não o acolhem,
Ele se identifica mais com a lua;
Fala com ela no início da noite
Se declarando à musa sua.

É ela quem lhe põe as idéias na cabeça
Em noite fresca e pouco iluminada
Desde a crítica ao mundo louco
Até o soneto para a amada.

Mas a lua é a única,
Que outros amigos ele não tem;
Ela o compreende
Pois se sente sozinha também.

Não há nada de atrativo ou bonito
Em escrever sobre este mundo sombrio:
A vida de um poeta
É nada mais que um quarto vazio.

Lethycia Dias
Goiânia, 24 de setembro de 2012

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