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sábado, 15 de setembro de 2012

Mortes no Trânsito


Um opinião


            No dia 09 de setembro, um domingo, a Rede Globo exibiu no Fantástico uma reportagem a respeito das mortes em acidentes de trânsito no Brasil. De acordo com pesquisas, em poucos anos o número de mortes em atropelamentos ou batidas será maior que o de homicídios de todos os tipos.
            Antes da reportagem, foi aberta no site da emissora uma enquete com a seguinte questão: criar leis e penas mais duras seria o suficiente para reduzir a imprudência? Oitenta e seis por cento responderam que sim, mas a questão gera dúvidas inclusive em mim. Durante todo o programa, a opinião dos internautas foi apresentada. Muitos diziam que a violência e a imprudência são resultado da má-educação em casa, e que a cadeia não basta para resolver o problema. Pensando nisso, me pergunto: será que o cidadão que aposta nos rachas ou volta pra casa dirigindo depois de beber merece possuir uma CNH?
            A má-educação existe mesmo. Por outro lado, também é verdade que as penas para homicídio culposo no trânsito são muito brandas. Uma pessoa que atropela e mata alguém pode cumprir até quatro anos de prisão, mas também pode escapar do xadrez pagando fiança ou prestando serviços comunitários. Assim é muito fácil “se redimir”, mas, quando alguém morre, a família tem de aprender a conviver com a dor da perda de um filho, filha, pai ou mãe. E não há serviço que seja suficiente para reparar a vida de alguém que, por exemplo, fica paraplégico por uma simples imprudência, um infeliz descuido.
            Um caso que não foi mencionado na reportagem, mas que quero lembrar, é o do teste do bafômetro. As blitz deveriam estar em todo lugar, corrigindo motoristas irresponsáveis que colocam em risco as vidas de outras pessoas.
            Penso que o teste do bafômetro deveria ser obrigatório. Quem não deve, não teme – diz o ditado – e na minha concepção, quem se recusa a fazer o teste, andou bebendo antes.
            O brasileiro não pode fornecer provas contra si mesmo. Alguém que é obrigado a fazer o bafômetro estaria fazendo isso; mas o motorista irresponsável não deveria enrolar a corda no próprio pescoço pensando numa causa nobre – como, por exemplo, impedir que uma família inteira morresse colidindo com seu carro?
            Minha cabeça fica cheia com todas essas perguntas. Talvez a irresponsabilidade venha desde a auto-escola, do costume de andar de carro sem cinto de segurança ou falando ao celular.
            Mas o número de acidentes de trânsito nas avenidas movimentadas ou nas estradas mais distantes já não pode ser ignorado. O que o motorista brasileiro precisa são duas pequenas coisas: mais amor à vida e mais consciência.

By: Lethycia Dias

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