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sábado, 1 de junho de 2013

Vamos Pensar Um Pouco...





O que mais vejo hoje em dia são pessoas que não têm opinião a dar sobre assunto nenhum. Como não ter? Somos seres humanos. Não há outro ser vivo (ao menos no Planeta Terra) tão complexo como nós. Sim, nossa mente é um sistema que representa mistério até hoje, embora os cientistas já entendam bastante sobre o que acontece no nosso cérebro enquanto falamos, andamos, comemos, corremos, estudamos, enfim, enquanto realizamos as mais variadas ações. Aonde quero chegar realmente é que, se aquilo que nos diferencia dos animais é o pensamento, a capacidade de criar conscientemente, por que não estamos usando tal dom de maneira adequada? Uma das características mais interessantes do meu pai é o fato de pensar, e pensar muito, a respeito de tudo, ter opinião formada sobre fatos políticos, esportivos, sociais, culturais, históricos. Vendo-o conversar com outras pessoas como ele, um sentimento de filha admiradora me faz pensar que ele é o homem mais inteligente do mundo. Sei que ele não é, mas é o que sinto. E eu que sou jovem, vejo que a maioria esmagadora das pessoas da minha idade - e infelizmente, pessoas mais velhas também - não têm o que dizer a respeito do mundo. O que dizem, o que pensam, é um resumo de algo de leram numa rede social, ou viram num filme, ou pior, ouviram numa dessas terríveis músicas que não saem mais da cabeça da gente. Algumas mentes são tão pequenas, que não são capazes de gerar seus próprios pensamentos. Alguém consegue explicar por que isso acontece? Acho que não.
A famosa frase do programa Telecurso 2000, "Vamos pensar um pouco", ganha um sentido bem mais amplo agora. Por que não ler, não manter-se informado sobre assuntos gerais, inteirar-se de que existe um mundo bem maior do que o círculo no qual vivemos, e que simplesmente ignorar isso não é viver realmente hoje em dia?
Sim, o que falta hoje é pensamento. Opinião formada, senso crítico, perspicácia, isto é, pensar antes de falar, possuir uma identidade, não ser "mais um na multidão", calado, mudo, resignado. Já dizia Clarice Lispector: "Depois que aprendi a pensar por mim mesma, nunca mais pensei igual aos outros".


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